sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Away from me



Ausente há dias. Tive compreensíveis motivos para me afastar daqui, peço desculpas à quem lê os posts. Hoje eu percebi motivo para meus recentes comportamentos. Após escrever uma história como a anterior, vale dizer que ela foi real e relatei com o mais fiel detalhamento encontrado.

Histórias assim são, na realidade, frequentes, por mais que tentamos fugir de tudo que nos prenda, que nos machuque, é algo normal, é do ser humano. Todos já sentimos algo parecido, todos já amamos, mesmo que por um segundo, alguém.

Can you forgive me for trying again?
Your silence makes me hold my breath
Oh, time has passed you by

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Soul meets body

As coisas mudariam agora. Mudariam bruscamente sendo mais franca. Nada, absolutamente nada ficara claro depois de muitas conversas. Foram decisões que até hoje são explicadas e cada vez mais machuca ... penso se ainda teriam chance. Laura é incosntante agora, um pouco impulsiva, libertou seus sentimentos e agora não consegue mais trancá-los ou controlá-los, já Augusto, bom foi o oposto de Laura nesse quesito, conseguiu controlar sabiamente, compreendeu as razões dela e mesmo, talvez, sofrendo pela situação, ainda conversa com ela, mas com uma diferença: como amigos. Ele cansou de esperar por algo que não seja mudado, ou pelo destino ou razão de alguém, mude.

Hoje eles descobriram o sentido da palavra alma e amor. O que o amor significava para cada um era igual, agora o que aconteceu entre eles foi mais profundo. Apaixonar-se sem se verem. Como foi possível ?

A "punição" foi dada pelo tempo, hoje cada um reescreve sua história. Cada um se deu a chance de prosseguir, de tentar ser feliz sem o outro, talvez encontrando alguém ou preenchendo esse vazio com outra coisa. Laura passou no vestibular e ficou na lista de espera de outro, mas como não queria perder tempo, matriculou-se em Arquitetura. Um orgulho principalmente para seu pai, que sempre sonhou um futuro de sucesso para a filha. Hoje, ela vai para o segundo ano da faculdade. Augusto, terminou o colégio, o curso técnico que fazia, ambos com resultados gratificantes e Laura ficara orgulhosa dele. Ele ainda prestou vestibular mas se passou ou não, Laura não sabe ainda. Mas hoje, ele se preocupa bastante com a banda da qual faz parte. Laura os classifica como Indie ( e são mesmo! ) e não mede esforços ao falar o quanto Augusto toca bem.

Hoje eles aprenderam a ser amigos.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

What hurts the most



Quando você não quer magoar alguém e tenta, da forma mais cuidadosa póssivel, encontrar meios, percebe o quanto seu esforço foi em vão. Quando disser "tchau" a uma pessoa pelo qual tem plena consciência de que não voltará a vê-la tão cedo, entenderá o que Laura passou nesse dia.

Foi o que mais a machucou. Hoje, 10 meses depois ela sente o peso da palavra e a ausência do toque, da voz, da cor dos olhos e até do perfume dele. Muita coisa mudou ... humor, seu óculos, cabelo, música e principalmente, eles. Crescer seria a palavra mais apropriada as mudanças. Os dois, simultaneamente, sentiram o peso e o preço dessa palavra. Quando se vive um amor, mas um amor que começas em nenhuma intenção, que nasce de assuntos em comum, de sentimentos e de saudade sabe-se que de uma forma ou de outra, é intenso. Como pode ser intenso ? Eu vos digo por experiência de ser cúmplice de Laura, foi o intenso o que eles viveram, passaram por muitos obstáculos, pessoas e desentendimentos até chegarem aonde estão: longe e separados.

Um choque. Quem leu essa história pode ter pensado várias coisas, mas talvez a mais clichê e a mais esperada seria que tivesse um final razoavelmente feliz depois de tudo que aconteceu. Logo que se separaram, ficaram vulneráveis, sentiam mais saudade do que de costume. Laura e Augusto agora estavam tentando viver depois que se conheceram cara a cara. Ligações de madrugada, mensagens de texto a qualquer momento ... até que um dia o destino mudou. Laura estava saindo mais com os amigos do que costume, queria esquecer um pouco a saudade que a dominava. Vítor agora estava sempre por perto. É engraçado como eles se aproximaram tanto depois de dias. Conversavam sempre agora, iam pra Galeria do Rock, cinema com os amigos. Mas ela sentia que isso incomodava Augusto, mas o fato dela sair com os amigos não fora intencional. Do mesmo jeito que ele tinha oa amigos dele, ela tinha os dela. Dias foram passando e havia chegado a hora de uma conversa séria. Augusto e Laura resolveram se separar, estavam sofrendo demais sabendo que os sentimentos agora eram mais intensos e que se machucariam mais ainda. Laura não aceitou de primeiro momento, rebatendo os comentários quando podia, tentando mudar a decisão de Augusto mas sem sucesso ... Uma coisa foi clara: perder contato, estava fora de cogitação. Augusto não ia conseguir ficar sem saber como Laura estava e ela, bom, também não conseguia.

Dias passaram e algo novo acontecera. Vítor e Laura estavam cada vez mais próximos. Laura chamou os amigos pra irem em sua casa, ver o jogo de futebol e comer alguma coisa. Vítor fora. A tarde, estavam na garagem conversando com os amigos até que todos subiram para comer e ver tv enquanto os dois ficaram pois Vítor estava tocando guitarra e Laura adorava ver. Os dois estavam próximos e seus olhos e cruzaram ... já era tarde demais para recuar. Agora, Laura sentia que gostava de duas pessoas completamente diferentes.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Passive agressive

Não conseguui dormir de tanta vontade daquele momento se repetir. "Por favor" pensava, "só mais uma vez". Até que ligou pra ele, perguntou se ele havia chegado bem, se pegou muita chuva e para avisá-lo de que seu perfume estava na camisa dela e ela não tivera coragem de largá-la. Laura, porque ? Porque és tão tola e tão sonhadora ? "Não sei consciência ... é maior do que eu. Nunca senti algo igual, eu necessito disso, eu quero. As sensações, emoções ... tudo o que sinto quando estou perto ou pensando nele são surreais, não sei explicar". Eu sei. Laura sempre se apaixonara fácil, aqueles amores de férias, passageiros, mas dessa vez ela sentia, sentia que aquilo era maior, já não era paixãozinha como sua mãe dizia, ela estava experimentando como era amar. Amar alguém. Alguém que antes era completamente inalcansável para Laura mas hoje fazia parte da vida dela como a própria família.

Conseguiu vê-lo depois de um dia. Sol, praia e calor, tudo o que Laura não gostava. Mas preferiu assim depois de ter pensado em como seria se fosse na chuva, qualquer lugar e frio. O cheiro dele ainda permanecia na sua camisa, e mesmo ela estando longe dela, se lembrara minuciosamente como era.
A voz. Ele havia chegado. "Meu coração vai explodir Gisele" disse Laura que foi confrontada com um olhar insensato de sua prima. O caminho foi uma tortura, mal abrira a boca, aliás, não abrira, e ainda para ajudar nos batimentos cardíacos, ele sentara ao seu lado.
Andaram, conversaram um pouco com Gisele e seu irmão até que, para a sorte de Laura, seus primos foram jogar bola com o pai e os dois puderam ficar a sós.

Laura sabia exatamente que não aguentaria muito tempo sem falar o que estava prestes a falar, seu coração era confuso e sua cabeça, mais ainda. Haviam coisas que ela não sabia explicar nem para si mesma, imagine para ele.

Em meio a conversas, sorrisos tímidos e mãos tentando se encontrar, mais um abraço aconteceu e ela sussurrou "eu te amo". No momento, seus olhos se fecharam e permaneceram assim até ela perceber o que acabara de fazer... se confessara.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Time is running out



Manhã de quinta-feira. Acordou. Tomou um banho e um exagerado café da manhã. Ele estava na mesma cidade que ela e aproveitaram de se encontrar. Mal esperava a noite chegar. Sua prima, que há muito não via, estava lá. Se conheceram fazia pouco tempo mas já se tornaram amigas num piscar de olhos.
Laura contou a ela tudo o que sentia e queria fazer já que estava naquela cidade, sua prima a ajudou. A noite, saíram e marcaram de se encontrar na casa do seu tio logo que voltassem. Foram tomar sorvete, a noite estava quente, uma típica noite de verão seguida por aquele cheirinho de chuva e um vento leve. O tempo não passava até que chegaram na sorveteria. Depois, uma hora parecia segundos e seu coração não mais parava de palpitar, estava quase saind opela garganta, nem o sorvete conseguiu tomar de tanta ansiedade e medo. "Será que ele vai gostar de mim ?" "Estou feia ?" Não Laura, se acalme, não pense em coisas ruins, positive o pensamento, tome mais um sorvete ou uma água, respire fundo e feche os olhos. Fechou-os. Não conseguia focar um pensamento, sua mente estava cansada e demasiadamente cheia para se acalmar, acabou ficando mais nervosa que de costume. No relógio, 22h. "Gisele, vamos embora ? Tá ficando frio." No caminho, suas mãos tremiam, era hoje - pensava. HOJE.
Seu celular tocou e a assustou. Era uma mensagem dele dizendo "cheguei, estou te esperando". Coração, mente e mãos tremiam mais que britadeira. "Não, hoje não, estou muito nervosa, não vou conseguir" disse à Gisele. Mal viraram a rua, avistaram uma figura, um contorno humano alto ... ele. Ele avistou o carro pois levantou e foi abrir o portão. Num lapso de desespero e medo, Laura se abaixou e escondeu-se no carro aproveitando a luz da noite até recuperar seu fôlego. Nunca vira pessoa com semblante tão sereno e bonito como o dele. Aquilo era demais pra ela mas teve que sair do carro, viajara horas num ônibus para finalmente poder conhecê-lo e agora recuaria ? Não, agiria conforme seu coração mandava: descer do carro, fugir da garoa e cumprimentá-lo. Baixou a cabeça, mas disse algo a sua prima como "aaaah chuva!" e o viu sorrir. Aproximou-se aos poucos e agora levantou a cabeça, deixando seu rosto corado e quente e foi logo cumprimentá-lo. Abraço. Um breve-longo abraço quente e misto de sensações. Aquilo era demais. Apenas Queen a deixava assim e agora ele a deixara. Ficaram jogando enquanto passava o tempo e ela arrumava um jeito de olhar para ele discreta ou disfarçadamente. A noite foi passando, e já era quase 2h da manhã quando sua prima disse que ia dormir e que podiam ficar lá o tempo que quisessem. Conversaram um pouco, pois o tempo fora tomado por aquele abraço que haviam prometido. O tempo parou. Laura não tinha mais noção de nada a sua volta, apenas de como a sensação de estar envolta naquele abraço estava causando. Tudo que é bom dura pouco, e logo ele foi embora. Mas aquele dia vai ficar na lembrança de cada um que sentiu aquela energia.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

When did your heart go missing ?

Dias passaram e ficaram mais próximos. "Tá um sol do inferno, topa sair e tomar um sorvete Laura ?". Realmente o sol era bem complicado, era seu vilão. Messenger, youtube, fotos sem noção ou (sempre) com alguma piadinha interna ... era assim suas tardes agora.

Sentia falta de outra pessoa também. Fazia muita falta. O pouco tempo que tinham era a noite, mas ele gostava de jogar bola com os amigos, tocar, ver tv.
O contato voltou mais cedo que imaginava e logo tudo se ajeitou, e puderam ficar juntos. Os pais dele gostaram dela e vice-versa. Eles se viam uma vez a cada 15 dias e foi assim até ele se mudar pra São Paulo. Onde, anos depois, se casaram e construíram uma família, trabalhavam e cuidavam da casa. FIM

Ops, acho que esse é final de outra história. A história de Laura e Augusto fora complemtanete diferente. Vamos retomar de onde ainda é realidade.
O contato voltou mais cedo do que imaginava e quase tudo se ajeitou exceto pelo fato dela ainda gostar de alguém que não teria chances, mas se conformou porque ele disse "nunca vou me afastar de você, é minha melhor amiga". Amiga, isso é um bom sinal! Ele ainda gosta de mim, como amiga tudo bem, mas gosta! Concordo, ele gostava. Dias passaram, conversas demoradas, eles mal viam a hora do sol se por e anunciar a chegada da noite porque sabiam que um estaria lá esperando o outro. E naquele momemto era como saciar uma sede, saciar uma vontade arrebatadora. A chegada do sábado era aguardada desde segunda-feira, pois era sábado que eles ficavam até tarde na internet, duas, três, quatro horas da manhã. Mas domingo não era assim tão combinado. Acordavam tarde, mal se falavam, ela ia sair, ele também e só iam conversar a noite. Mas mesmo assim, era bom.

Um tempo passou, a vontade de se conhecer estava ficando doentia já e não sabiam quando isso ia acontecer mas combinavam como se fosse na semana seguinte. As vezes ligavam pro outro, ouvir a voz sempre é bom, nos faz sentir próximos e seguros da decisão. Mas nem sempre é conforme o plano. No natal, combinavam de ligar. Eram muitas mensagens de texto também, principalmente quando havia algum dia que sabiam que iam se falar a noite. As horas demoravam a passar, encontrava conforto num livro bom, numa música boa que a fizesse esquecer por um instatnte quem era.
Isso já era outro estágio de sua vida. Agora com 17 anos, Laura sentia uma vontade de crescer, de ser mais responsável, de ser grande. Idealizou isso e sem perceber, tornou-se assim. Era uma boa amiga, era amável, sorridente, divertida, gostava de conversar, sair, ajudar os amigos, cantar com eles. Influenciu sua melhor amiga a ouvir Strokes (sua banda preferida até hoje), e seu amigo a ouvir Muse (outra banda preferida) e sua outra amiga a ouvir The Veronicas (faz tempo que não escuta). Confesso-lhes, pra quem conheceu Laura sabe bem o que estou relatando, sua mudança fora extraodinariamente rápida, sentia-se bem assim, era assim que ia ser. Era assim que sempre quis ser, e foi assim que Augusto a conheceu. E assim que a saudade bateu com mais força e marcou o início de algo maior.