sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

A white demon love song



" White demon love song on the hall. White demon shadow on the road. Back up your mind there is a call, he isn't coming after all of this time. She likes the way he sings ... white demon love songs in her dreams.
White demon where's your selfish kiss? White demon sorrow will arrange, let's not forget about the fear, black invitation to a place that cannot change while strangely holy, come pouring rain "


Uma das músicas mais escutadas por Laura em qualquer momento, seja bom ou ruim. Porque ? Porque significava muito pra ela sentir-se próxima do seu "demônio". Augusto, por favor, se ler, não leve para o lado ofensivo, é apenas uma analogia, analise pelo sentido figurado do trecho.

Ao chegar em casa, via-se diferente, sentia-se assim. Cada músculo do seu corpo clamando por uma boa dose de loucura e insanidade. Aqueles dias vazios aos quais passara longe de alguém, se tornaram escuros, difíceis de digerir e talvez assim, encontrar alguma luz. Não era de seu feitio fazer-se de vítima, mas nessa hora desejou intensamente ser aquela pela qual fora o motivo da viagem relâmpago de Augusto. Ser aquela pela qual ele se sujeitou a horas dentro de um ônibus, numa viagem de madrugada para vê-la. Seus olhos não mais estavam castanhos, eram rubros. Rubros da cor de sangue, o seu sangue, o que lhe dava movimento, às vezes aquelas injeçõezinhas de adrenalina que tanto gostava. Aquela sensação era impagável. Podemos dizer que Laura era viciada em adrenalina correndo nas veias e a sentia percorrer cada célula, destruindo as fracas e fortalecendo as sobreviventes. Quando pensava em Augusto, sentia isso, e consequentemente o vício fora se aumentando.

Mas para todo louco e viciado há uma cura ou uma reversão. No caso de Laura a reversão era Victor. Todo aquele ardor de vontade enfraquecia quando ele estava por perto e era rapidamente substituído pelo torpor, uma dor no peito que uma vez se deixou pensar que fosse infarte mas logo se recompos e indagou que era terminantemente loucura imaginar uma coisa dessas. A dor era pela ausência de um, presença de outro. Voz de um e a de outro percorrendo sua cabeça. o que um dizia era exatamente o que queria ouvir do outro e assim por diante. O sentimento de culpa a invadia e logo aquela palavrinha que nos faz sentir pior ainda e incapazes de mudar "porque ?". Queria seu demônio branco cantando canções num sussurro apenas e exclusivamente pra ela, queria sentir sua pele arrepiar com a voz que entrava em sua mente. Queria tudo o que poderia ser seu de direito e mais bônus. Queria combos de beijos, abraços quentes e afáveis e aquele cheiro inconfundível... queria alguém pelo qual pudesse chamar de amor ...

Dark of the matinée



Era numa sexta-feira de manhã quando o relógio despertou as seis e vinte. Viu na cabeceira uns comprimidos de dramin e lembrou que tinha tomado um antes de dormir. Naquela noite, sua cabeça mal trabalhara, mal sonhara e isso, naquela altura da luta contra seus sonhos, era vitória.

Laura agora trabalhava numa metalurgica, era ajudante financeira da parte administrativa da empresa e estava ali há exatos 11 dias. Saia de casa em tempo de não pegar trânsito e chegar cedo no trabalho pois aproveitava a carona dos pais. Logo que chegou na portaria, sentiu seu celular vibrar mas pensou "eu apertei o botão 'soneca' ao invés de desligar, droga!". Subiu as escadas e sentiu de novo. Após colocar sua bolsa na mesa a fim de procurar o celular, enfim vê o que era: duas novas mensagens. "Só porque não coloquei crédito esse mês" divagou ... mas dessas vez não era aviso ou bônus, era dele. Augusto dera sinal de vida logo de manhã e amaldiçoado o dia quando ela gastou o pouco de crédito que tinha em sms para Julia. Dizia que estava voltando para casa e estava bem e perguntou como ela estava. Desesperada por ver os sms quase duas horas depois, Laura entrou discretamente na sua caixa de entrada de e-mails e respondeu.

TUM-TUM-TUM-TUM e mais rápido. Engoliu as batidas pesadas de seu coração enquanto sentia o bombear cada vez mais perto de sua garganta. "Ele voltou hoje, nem acredito ... tava com tanta saudade" pensou alto. Sentiu sua mão ir automaticamente para o ícone "enviar e-mail" e só aí, conseguiu recuperar seu fôlego.

Sua cabeça rodava, rodava, estava difícil de se concentrar e tinha muita coisa pra organizar nas pastas. Não parava de olhar o relógio mas quanto mais o via, mais os ponteiros trabalhavam preguiçosamente, parece que os ouvia marcar os segundos. Era tarde, quase na hora de ir embora. Nessas horas ele poderia estar online, poderiam conversar, matar aquela saudade trancafiada de dias em algumas horas e poderia dormir em paz, sabendo que ele está bem.

Ela já imaginara o dia inteiro só por ler aquelas duas mensagens de Augusto...
E sabia como se sentiria se acontecesse, aquela tarde seriam deles e de mais ninguém. Seriam um do outro, com atenções exclusivas e recíprocas, seriam somente eles naquela tarde chuvosa de janeiro.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Miss nothing



Laura, hoje, estava mais distante do que nos dias anteriores. Não queria ninguém. Queria o silêncio. O sussurrar já era muito para seus ouvidos. Ficou extremamente irritada com o toque do telefone e depois pelos berros de sua mão ao atendê-lo. "Será que ninguém respeita um pedido dos outros ou todos aqui em casa são insensíveis ?" pensou.

Eu liguei pra ela no começo da tarde, antes da chuva de verão. Ela não atendeu na primeira tentativa, nem na segunda, terceira, quarta ... sétima consegui ouvir o "alô". Conseguimos conversar por cerca de 3 minutos e sua voz estava falha, rouca, como quem havia parado de exercer a voz.

...
...
...

Nessas horas, eu mais do que ninguém sabia exatamente o que ela queria ... um pouco de altividade, histeria e aventura.

Take my hands off of yours eyes to soon



Pare e espere um segundo.
Quando você olha para mim assim,
Minha querida, o que você esperava?
Eu provavelmente ainda adoro você
Com suas mãos em meu pescoço.
Ou adorava da última vez que chequei.

{...}

Mas eu desmorono completamente quando você chora
Parece que mais uma vez você tem que me receber com um adeus
Eu estou sempre a ponto de acabar com a surpresa
Tirando minhas mãos dos seus olhos cedo demais


E assim Laura passava os dias. Cada vez mais reclusa, tentando esconder até de si os próprios pensamentos, que segundo ela, no momento, eram constantes e difíceis de controlar. Ela sabia que mais cedo ou mais tarde tudo ia explodir, alguma coisa ia acabar e seria dela a decisão final de sim ou não. O que ela não sabia era como agir perante isso. Vitor era um bom amigo, como namorado aí é outra história. Eu o conheci e digo nunca o vi triste ou abalado, a não ser as vezes que ele e Laura discutiam mas isso não é da minha conta e sinto dizer, nem de ninguém. Faz seis dias desde a última vez que ela veio em casa e conversamos, falamos muito em poucas palavras. Vitor me perguntara o que estava acontecendo com ela e o máximo que consegui dizer fora "ela precisa de tempo". Quem vê os dois juntos, não sabe o que é ter uma cãimbra de tanto sorrir, rir e rir. Digamos que Vitor é um pouco aluado, fora da órbita ... mas até ele notou as mudanças de Laura e ficou bem preocupado, tanto que veio me perguntar porque. Eu não ia trair a confiança da minha melhor amiga e nem mentir pro namorado dela que era meu amigo também ... mas ela precisava de tempo. Precisava respirar, sentir seus pulmões cheios e o oxigênio filtrando cada célula do seu corpo. Por mais que fugisse do sol, queria sentir a luz, as radiações queimando sua pele e fazendo o seu trabalho... FILTRANDO ... RENOVANDO ... mas tudo o que é bom, sempre tem um lado negativo, nesse caso era mais um lado reflexivo. "Onde fora Augusto ?" Laura pensava.

Esses seis dias pareciam castigo, uma punição. O tempo não ajudava, se tornara seu inimigo tanto quanto às lembranças. Por mais que Vitor tenha compreendido essa fase de Laura e a deixou respirar, Augusto não saía de sua cabeça. A pior parte era quando ia dormir, várias lembranças numa só, tudo ao mesmo tempo, muitos sentimentos juntos e a adrenalina correndo em suas veias ... "não !" pensava, mas como controlar algo que sua mente criava ? Sua mente queria essas lembranças, queria que elas voltassem e a assombrassem. Era um desejo antigo, avassalador eu diria. Mesmo que Laura evitasse pensar nele porque isso a deixava vulnerável demais, era algo que ela gostava, deliciava-se nos pensamentos, permitia que eles a levassem num abismo e depois a trouxessem de volta à superfície. O problema é que isso se tornava frequente e ela, inutilmente, tentava lutar contra.

Não era um desprazer, mas sim um amor próprio que ela tentava criar.
Quando o sol irradiava seu quarto através da janela e ela abria os olhos a única coisa que se permitia pensar era em como tudo seria melhor se fosse conforme o plano ...

sábado, 15 de janeiro de 2011

You



Ela foi embora.
Disse apenas uma coisa que me intrigara quando saiu "agora eu entendi". Demorei a analisar o que aquele "agora eu entendi" significaria e confesso ainda, temia por suas escolhas. Ela escolhia conforme o coração lhe mandava, conforme a vontade dele não a dela. Laura era inexplicavelmente movida pelas vontades mimadas daqueles batimentos insanos. Bom, uma coisa posso afirmar, havia momentos dos quais eu, Julia, sentia ciúme dela. Sim, ciúme.

Laura tinha tudo no começo, mas era humildemente calada para se vangloriar por aí porque isso não era de seu feitio. Ela tinha tudo até perceber o que realmente era seu de verdade: suas palavras e seus sentimentos. Augusto se tornava, desde o dia que tiveram uma conversa complicada, cada vez mais distante, mais impossível e isso estava acabando mortalmente com Laura e suas esperanças morriam a cada dia. Quando ela disse que tinha "entendido" eu logo pensei na história deles, como tudo começou e como estavam agora... Laura recebeu uma pista. A pista fora dada pelo seu coração, aquele pelo qual vivia em árduo conflito. Percebeu que, pelo fato de ser difícil esquecer tudo o que passaram, consequentemente esquecer para tentar viver uma vida nova era pior do que imaginava. Ela sentia falta de coisas que hoje não eram mais suas, pertenciam a outra parte do plano. Era carente das ações de Augusto ... nunca encontrou alguém parecido. Gostava das coisas silenciosas, dos toques aveludados, das vozes solenes e lentas, dos piscares de olhos mais sonolentos, do cabelo bagunçadinho quando acordava, das risadinhas com intenções de serem maliciosas mas ao invés disso, se tornaram deliciosamente tentadoras ... Quando chegou em casa, nesse dia, sentiu uma necessidade avassaladora de reviver de novo o momento em que se abraçaram. " Aquele feito especialmente pra mim " pensou. Na cabeça dela, bom, abraços tem tamanho e pessoas dos quais se encaixam. O abraço de Augusto tinha o seu tamanho exato. Queria afagar-lhe os cabelos e logo que os braços se cruzassem e aquela corrente elétrica percorresse seus corpos e os eletrocutasse de tanta saudade, um dos dois dissesse " Está tudo bem. Estou aqui para te proteger e sempre vou ficar do seu lado ".

Entendeu naquele breve lapso de necessidade que foi capaz de abrir mão de uma futuro certo, sincero e fiel, para um que ainda depois de 10 meses, mal sabia se era o "correto".

Augusto, se ainda estiver acompanhando sua história, por favor, me intrometo em nome da Laura e pergunto: ainda se lembra da reação que teve ao abraçá-la ?

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Red right hand



Ficamos num silêncio absoluto. Eu a olhava e ela mantinha o olhar fixo na janela, achava graça do balançar revolto do vento nas copas das árvores que davam para ser vistas pelo quintal da minha casa. Não havia palavras naquele momento, nada se comparava a dor que ela sentia e ao desespero que me passava. Naquela hora eu pensei "e se fosse comigo ? Como aguentaria ?" Eu simplesmente não sei responder, mas me coloco no lugar de Laura apenas para refletir. Ela amou intensamente e se culpa por amar duas pessoas. Como amar duas pessoas ? Mesmo diferentes, aliás o correto seria COMPLETAMENTE, cada um possuía algo que ela queria, algo que a deixava viva, algo que a alimentava. Augusto era simples, sincero, intenso, carinhoso, atencioso, preocupado, interessado, talentoso e tinha um grande coração, Laura o admirava muito. Vitor era um oposto extremo, excêntrico, marcante, contagiante e extrovertido, não existia hora ruim, aventureiro, um extinto nato de viver o momento intensamente sem desperdiçar nada. Laura sentia a energia que emanava quando estava com ele. Uma coisa, segundo o que ela me confessara era que analisando (e sem querer, infelizmente, comparando) era difícil se ter uma noção, ela sentia que tinha que passar por isso, tinha que entender a necessidade dos acontecimentos em sua vida e aos obstáculos que aquele plano lhe pregara. O que hoje a faz pagar por suas escolhas seria talvez a ingenuidade e a insegurança de ser esquecida em meio às pessoas, porque o que lhe amedrontava no passado, já era passado, hoje ela vivia sociavelmente, tinha amigos que se preocupavam o suficiente para lhe deixarem até com vergonha com as perguntas íntimas ... não queria mais viver como vivia há 15, 16 anos atrás.

Naquele momento, no arfar de respirações profundas super oxigenadas estava difícil contar com alguma ideia, alguma atitude. Eu sabia que ela veio me procurar esperando respostas, ou simples explicações para tudo aquilo mas eu, com o pouco de experiência que tinha me reduzia apenas a participar da conversa e me sensibilizar conforme ia me colocando no lugar dela.

Ela quer ser feliz, disso tenho certeza, não há nada que possa negar tal afirmação. Mas seus fantasmas, que durante alguns anos ficaram esquecidos pelo tempo, agora, lutavam para sair e retornarem a seus postos e o que eu consegui dizer naquela hora fora "lute Laura ! Lute contra eles ! Estenda a mão e dê um basta nisso ! Você sabe do que eu estou falando e tenho certeza que consegue ... basta querer !". Laura me revidou com um simples "nem sempre querer é poder Julia ... ".

Agora entendo. Laura estava passando por conflitos psicológicos entre o seu querer e o seu poder. Queria alguém, mas tinha alguém. Queria mas se continuasse assim, não poderia tê-lo. Tinha alguém ... mas, certas atitudes a faziam pensar seriamente se era aquilo que ela realmente queria.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Phrazes for the young

Foi realmente difícil compreender o que Laura me dizia, eram palavras em meios a respirações pesadas e soluços ou lapsos de choro. Mas minha paciência, naquele momento, estava se aumentando conforme o decorrer da conversa, senti que ela precisava de um ombro amigo, um apoio, uma alma pra se encontrar. "Julia, o que eu faço ?" Pensei por muito até não encontrar nada além de "eu não sei Laura, mas vou estar com você pra tudo".

Bom, há exatos 10 meses atrás, Laura e Vitor começaram a namorar. Sim, namorar. Tudo o que Augusto sentiu deve ser o que você está pensando ... a sensação de um mundo desmoronar, as coisas perderem o sentido, e todo aquele amor virar tristeza e algo semelhante a indignação e não aceitar a realidade. Laura sofreu o vendo sofrer, era como se atirassem pedras em brasas que queimavam cada pedaço de seu corpo. Sabia o que fazia, e que fazia errado. Namorava ainda sentindo algo por outra pessoa mas pedia ao tempo que a ajudasse, que ele fizesse seu milagre, que colocasse tudo no lugar. O tempo foi passando e Augusto acabou aceitando a atual situação de Laura. Ele compreendeu o significado de amar, ser feliz e amizade. Ela, infelizmente não sabia o que fazer.

Como é intrigante o tempo ! É mágico. Laura viu que Augusto estava namorando. Sim, ele estava namorando. E a criança teimosa volta ao lar ... o que sentiu no momento não existe descrição. Sentimentos múltiplos e intensos, tudo ao mesmo tempo agora, ia explodir, sentia isso, sua cabeça e seu coração pulsava ... era oxigênio demais pra absorver tudo. Decidiu conversar com ele e assim fez. Foi difícil, ela não aceitava de jeito algum, relutava contra seus fantasmas mas de nada adiantaria, a história já havia sido escrita por aquele que determinou o plano. O plano. "Porque ?" pensou extasiada. E repetiram a conversa até que ela voltou ao normal e refletiu sobre tudo o que passaram. Ele fora seu amigo até na hora que ela deixou de ser a amante pra ser a amiga. Grande gesto de amizade e fidelidade era aquele. Sentiu-se enjoada da própria novela que fazia, dessa história de "não aceitar" que ele também queria ser feliz e tinha encontrado alguém que acreditava que tornaria isso possível. Laura disse "fiz um pedido por vocês no Ano Novo" e realmente fez, queria a felicidade dele e saberia que nunca no mundo encontraria amigo igual ou melhor que Augusto. "Antes sua amizade do que seu desprezo" pensou. E assim foi e é até hoje.

Depois de me contar esse episódio Laura conseguiu se acalmar, percebi pela respiração. Dava pra sentir que ela precisava desabafar e eu era a única em quem ela confiava a vida ...

Home is where the heart is

Hoje, uma tarde de quinta-feira, e depois de muitos dias pensando nela, ela resolve me ligar. Disse que queria conversar, que se sentia sozinha mesmo com a casa cheia, mas nesse momento ela estava com o coração extremamente vazio. Pra quem lembra era ela, umas das principais resposáveis por esse blog não vagar no esquecimento, Laura.

"Você está ocupada ? Tem algum tempo pra mim ?" disse no telefone com a voz afagada pela respiração forte. Eu não tive como recusar, ela sempre foi minha melhor amiga, sempre esteve presente em todos os momentos importantes da minha vida, e pensando nisso eu disse apenas "Venha até minha casa e conversaremos". Senti sua respiração se acalmar e fiquei a pensar o que estaria acontecendo com ela.

Minutos mais tarde ela chegou, fui recebê-la como manda a etiqueta. Com ela eu não tenho segredos, somos um alicerce, somos feitas da mesma matéria, do mesmo pedaço de alma, somos uma só ! Logo que a vi já deduzi: o assunto de hoje era VIDA. E mesmo não estando com o humor sensível e afetuoso, tive que deixar de lado a minha apatia e escutá-la.

Subimos as escadas, estava sol, sabemos que não gostamos de sol, então sugeri que conversássemos na sala. Ela se sentou no sofá do mesmo que sentava quando era criança, de uma forma desprotegida, frágil e seus olhos emaranharam-se em lágrimas. "Julia eu não sei o que fiz com a minha vida! Estou completamente sozinha ! Parece que estou morando com estranhos, não com meus pais ! Apenas falamos o necessário, não sorrimos, não cantamos, não rimos, não vemos tv juntas, NADA !" Acho que todos já passaram por uma situação dessa, até eu, mas Laura, nunca havia presenciado nada igual, sua família era unida. "Meu coração está vazio Julia, não sei mais sentir, desaprendi ou esqueci. Me esqueceram e o clima lá em casa fez com que eu me transformasse numa pessoa amarga, ignorante e insensível. Ele não me reconhece assim". Num primeiro momento pensei QUEM não a reconhece assim mas em segundos me recuperei e lembrei: Augusto.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Dream ...



with something that cannot be hidden ... or make sure that you are alone, with nothing to hide to yourself, you are FREE. No more anger, sadness or blame's feeling. It's time to think ... and BE !

Look at the sky



Someone, please look at the sky
It's not that you have to
It's just that I want you to realize

If I were you
I'd take a look outside

Utopia


O desejo ardente de viver e vagar livre
Brilha na escuridão e cresce dentro de mim
Você está segurando minha mão, mas você não entende
Então para onde estou indo, você não estará no final


Estou sonhando em cores de ter a chance
Sonhando de tentar o romance perfeito
Na procura pela porta para abrir sua mente
Na procura pela cura da humanidade