terça-feira, 28 de junho de 2011

Where were you while we were getting high ?

Dentro de mim existe um coração. Sozinho. Mas existe. Ele bate, sente, inspira e expira, obedece, magoa e é magoado, incontrolável e impulsivo. Como eu sei ? Convivo com ele há exatos 19 anos, mesmo que haja uma profunda falta de comunicação entre nós, sabemos o que o outro precisa (arrisco até em saber o que ele quer em cada momento).

Esse coração quer voltar a viver o amor. Voltar a viver aquilo que pra ele, foi o melhor exemplo de amor. Ele me fez acreditar de que o amor existe e pode sim, ser vivido mesmo que haja obstáculos. Impecílios sempre haverão, mas são eles que nos fazem mais fortes, mais convictos e obstinados. Aparecem, acredito eu, como uma forma de teste do destino. Bom, "teste".

O ser humano tem uma mania de wannabe ... poucos possuem sentimentos puros. Hoje, o ato de beijar alguém está tão banalizado que pessoas o usam para pagar alguma aposta ou para "pegar" alguém no final de semana apenas pra não passar em branco. Beijos são puros, abraços e troca de olhares também ... não tem nada mais reconfortante do que um abraço dado por aquele que amamos e seguido de um sussurro como "está tudo bem, querida, estou com você". Pode cair o mundo, mas se ele estiver com você, não daria à mínima. Encontrar uma pessoa assim é extremamente difícil, eu mesma demorei anos (ok, "demorei anos" parece que sou muito mais velha que você, mas espero que possa entender) até perceber que o meu coração já havia encontrado outro, o seu par. Almas gêmeas ? Eu não sei se acredito mais ... mas, em almas, eu acredito e muito. Era como se eu o conhecesse há muito tempo comparado àqueles primeiros meses. Lenta, mas explícitamente, adaptei-me à sua rotina e tempos depois, você à minha. Semelhanças foram aparecendo e logo, meu coração já não podia mais ficar sem sua presença todo dia. Agora, lhe pergunto: é amor ? ou é paixão ? Eu, sinceramente, prefiro não saber. Mas agradeço, se um dia, você descobrir e me contar.

domingo, 12 de junho de 2011

Stay 'cause


Volte e fique. Volte e seja meu. Fique e sejamos nossos.

Mal sabes o que tens feito comigo, coração. Você que é dono dos meus batimentos acelerados e mãos trêmulas de vergonha e ansiedade fazes com que meu corpo se rebele contra mim e me denuncie aos seus olhos. Meus pensamentos estão confusos. Travei uma segunda guerra contra meu coração neste momento. Assumi meus erros e os coloquei na minha frente e descobri o quão má eu me tornei. A Laura de antes estava perdida, carente e necessitava da mesma dose de vida que antes recebia de um certo alguém. Aquele alguém foi embora e levou algo que dava vida à Laura ... seu amor.

Sem amor, Laura passou a viver como se nada mais importasse e seus impulsos a controlavam.
Conheceu quem não deveria, beijou quem não queria, abraçou quem não merecia. Havia prometido tantas coisas das quais sonhava com que Augusto fosse o primeiro a lhe dar. Mesmo passando por esses momentos sem que fosse com ele, quando o dia chegou fora inexplicável. Sabia que não havia vivido nada semelhante antes e que aquele, era seu primeiro.

"Não quero mais viver assim ! A partir de agora, vou consertar meus erros e ter como meta a minha felicidade. E se possível, quero te conquistar de novo."

Vitor estava mais longe que qualquer pessoa agora, deixou Laura à mercê de quem lhe desse o que seria papel dele ... atenção e carinho. Erros, Laura cometeu muitos mas perder, de novo, a chance de viver tudo novamente, estava apunhalando sua cabeça. Augusto era muito mais que um garoto, era o garoto dela. Os sonhos dela, eram dele; pensamentos, vontades e loucuras, eram todos por ele. Já há algum tempo, ela havia se permitido lutar outra vez. Só que a partir de agora, era pra valer.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Yesterday, all my troubles seemed so far away

Se anteontem era inverno, ontem fora o indício de que o verão está bem próximo em minha vida. Eu, como boa apreciadora do inverno e seu deleite gélido e mórbido, não podia deixar de notar que meu coração voltara a sentir o calor novamente. Não gosto do verão. Da luz ofuscante do sol ao meio-dia no solstício, e toda a vivacidade de um bom dia ensolarado em meio à um passeio de bicicleta na orla da praia. Isso realmente não é para mim. Mas estou sentindo isso de novo, e mais uma vez não existem palavras que expliquem, na íntegra, como estou. Mas adianto, não é a mesma ansiedade que eu tive quando esperei o novo álbum do Strokes, ou o desespero da nova capa do "Suck it and See", do Arctic Monkeys ... é diferente, sabemos que é diferente, mas é a mesma coisa.
Fique. Bastou apenas essa mensagem sináptica. Obedeci. Meus músculos concordavam, aguantariam o frio da noite à espera daquela felicidade instantânea que ele tanto me proporcionava. Tão instantânea que ela é capaz de durar por dias ... e eu, encontro-me em contradição ao afirmar tal adjetivo. Tu tens consciência (e ciência) do que significas pra mim ? Tu afirmaste sentir a mesma coisa que eu na noite de ontem. Admirar-te-ia se eu confessasse o quanto meu peito ficou apertado ontem e a vontade de chorar foi grande mas eu não tinha motivos tristes pra isso, mas motivos sentimentais ?

Continue, estamos bem assim. Não vamos agir como dois adolescentes inconsequentes (mesmo que a minha vontade e meu ímpeto seja isto) mas sejamos coerentes. Só assim, seremos únicos. Porque ultimamente, eu tenho respondido à uma pergunta ... eu tenho dito sim ao amor.



terça-feira, 7 de junho de 2011

Right now the sun is in your eyes ...



- "Procuro alguém que se mantenha vivo dentro de mim."

Knockin'on heaven's door

Furiosa com o que eu tinha feito, me amaldiçoei por ter acordado.

- "COMO ? Por pouco eu o via ! Por muito pouco ! Laura, sua inútil ! E agora, como voltar a ter o mesmo sonho ?"

Havia um copo d'água que minha mãe sempre deixava no meu criado mudo quando me dava boa noite. Tomei-o de uma vez. Fechei os olhos e mentalizei "quero voltar àquele sonho". Apaguei o abajur e tornei a deitar novamente. O impecilho agora era os meus olhos que não queriam fechar. Respirei fundo uma, duas, três ... quatro vezes. Forcei-os a fechar de novo. Perdi a noção do tempo, e nada deu certo. Sento-me na cama, frustrada. Olho para um ponto qualquer no quarto e vejo um fecho de luz saindo da fenda da porta. Aquilo me intriga profundamente.

- "Não é possível que eu tenha dormido tanto que já amanheceu e eu perdi a hora !?"

Toquei na porta e ela se desmaterializou. Super-poderes não eram algo que eu queria no momento, se eu os tivesse ganho há uns, bom, 15 anos atrás, era uma coisa, mas agora ... poxa, eu queria meu sonho de volta, queria encontrar meu anjo, queria vê-lo e tocar sua mão novamente. Fechei os olhos e pensei no sonho, nos elementos que o compunham, já que agora eu tinha super-poderes, seria bom se eles me provassem que existiam e me transportassem ao meu paraíso. Minutos se passaram e uma mão me tocou. Abri meus olhos e vi meu anjo ali, do meu lado e falando para eu me apressar pois o pôr-do-sol estava a caminho.

- "Vamos Laura, vamos! Corra mais rápido sua preguiçosa !" e soltou uma risada gostosa e sabia que se me provocasse a correr, eu o faria, eu o obedeceria.

O vento estava veloz. Meus cabelos estavam soltos e atrapalhando minha visão então, avisei que ia parar para prender o cabelo mas ele não ouviu ou se ouviu, continuou a correr. Após prender quem me atrapalhava, voltei à corrida e o perdi de vista. Estava num terreno grande, com gramas verdes e flores bem pequenas, algumas árvores balançando conforme o vento. Olhei por todos os lados, o procurava com quem procura água no deserto: desesperadamente.

- "Onde está ? Volte !" gritei e ouvi apenas minha voz ecoando os limites.

Nada dele. Chamei mais cinco vezes e sem sucesso algum, desisti. O que tinha acontecido com ele ? Eu não sabia de mais nada a partir daquele momento. Tudo estava frio, mórbido, estranho e calmo demais pra significar algo bom. Ouço vozes mas não consigo identificá-las e são similares a avisos. Como se já não bastasse, meu anjo havia sumido por cerca de 40 minutos já e não havia menções se voltaria ou não. Uma hora, duas horas ... duas horas e quarenta e cinco minutos depois uma leve brisa passa entre meus cabelos e me denunciam uma voz. Aquela voz.

- "Desculpe a demora Laura, eu precisava que esperasse esse tempo."

Olho para meu lado direito e lá está ele, com seu manto branco e o rosto ainda coberto pelo capuz da mesma cor ... mas havia algo diferente, dava pra sentir que sim. Sua voz estava mais alta que o normal e mais limpa. Estendi minha mão para que pudesse tocar-lhe o rosto, mas ele amedrontamente se recuou e perdeu-se em pensamentos. Uns minutos depois, fez menção em falar alguma coisa, quando percebeu que eu estava atenta, desistiu. Eu estava ligeiramente longe dele quando me toquei da distância e logo me pus ao seu lado e pousei a cabeça em seu ombro.

- "Teme a mim ?"
- "À você ? Não ! Temo suas escolhas."
- "Minhas escolhas ?"
- "Sim. Eu entendo muita coisa do que passa Laura, mas sinceramente, suas escolhas me afastam de você."

Seu rosto pousou sobre meus cabelos e um beijo eu ganhei. Apenas suas mãos estavam frias, mas seu rosto, estava quente. Logo percebi que ele não era um anjo, mas uma pessoa da qual eu consegui trazer pro meu sonho e passar um tempo com ela.

- "Por favor, tire o capuz Augusto. Não me importa se for sonho ou realidade, mas estamos juntos aqui e agora. Se não quiser olhar para mim, aconselho que feche os olhos, mas deixe-me te olhar um pouco. Faz muito tempo que não vejo tanta sinceridade e afeto num rosto só."

Ao terminar de falar, levei minhas mãos ao seu rosto e sabendo que poderia travar uma guerra, obedeci meus impulsos e tirei aquele capuz. Para minha surpresa e afirmação, era Augusto o anjo branco dos meus sonhos. Afirmação porque nós dois sabemos o quão forte conseguimos ser quando queremos sentir a presença do outro que até os sonhos parecem muito realidade. Já surpresa, porque ele estava da mesma maneira como o deixei, não havia mudado nada, principalmente em seus olhos e suas mãos. Nos fitamos por um tempo. Seus olhos me olhavam tão profundamente que não pude deixar de me encabular e cortar aquela linha.

- "Sempre faz isso não é ? Fica com vergonha e abaixa a cabeça ... dá um sorriso tímido e depois me olha pra ver minha reação."
- "Desculpe. Seus olhos tem um dom que nunca encontrei em outros."
- "Dom ?"
- "Sim ... eles conseguem enxergar através de mim. Conseguem me dar, com um simples olhar, aquilo pelo qual eu procuro há muito tempo."
- "E o que procura ?"

Knock on heaven's door

O que seria do paraíso senão um mundo inteiro de respostas visadas ao bem próprio e ao "idealizador" de hipóteses. De nada valeria mais a pena se tudo o que vivi fosse um sonho. Sonhos são bons, contudo são o passe-livre ao pesadelo. Se existe sonhos, vale acreditar de que eles são a nossa chave ao que tememos, ao terror do "e se eu ... "

Eu queria os meus sonhos de volta ! Que fossem levados um dia, mas que voltassem imediatamente pra mim. São eles que me alimentam, são eles que me dão forças para continuar a acreditar no que, pro meu mundo, é essencial.

Bati na porta do paraíso uma vez. Dela, um anjo apareceu e me convidou a entrar e fiquei observando em como era lindo aquele lugar. Era perfeitamente igual aos meus sonhos mas com um detalhe incomum: não havia aquele anjo. Ele fugia de mim, não me deixava ver seu rosto. Apenas tocou em uma de minhas mãos para me levar até o topo mais alto daquela montanha para apreciar o abismo enorme que eu havia criado. Suas mãos eram geladas e suaves.

- "Espera, deixe-me te ver ?"
- "Me desculpa, mas não posso permitir que me veja"
- "Poxa, e porque ?"

Ele nada disse, apenas continuou me levando para algum lugar. Pressentia que reconhecia aquele lugar, assemelhava-se à uma praia pequena, com árvores de médio porte, a água do rio quase que cristalina e o sol cegando minha visão.

- "Esqueci que estamos no verão" pensei
- "Calma, logo o sol se põe e sua estação preferida vai voltar" o anjo me respondeu

Olhei em sua direção aturdida. Como ele poderia ter lido meus pensamentos ... e como ele sabia da minha estação preferida ? Bom, não sei como nem porque, mas havia algo nele que me fazia sentir renovada, bem comigo mesma e com vontade de viver. A cada passo eu tentava, sem muito êxito, ver seu rosto, mas ele percebia a cada tentativa e puxava seu capuz, evitando com que eu conseguisse vê-lo.

- "Droga !"
- "Calma, ainda não é a hora certa ... você vai saber, tenho certeza. Mas preciso que ande mais rápido ! Vai perder a melhor parte do dia ! Quer isso ?"
- "Ahm, eu nem sei aonde estou indo ... e muito menos quem é !"
- "Discordo ... você me conhece há mais tempo do que imagina."
- "Então me deixe te ver !" parei de andar e com muito pesar, soltei suas mãos, que estavam afetuosamente, 'presas' às minhas e pedi internamente para que ele atendesse ao meu pedido.
- "Mas que menina teimosa ! Preciso que veja o que quero te mostrar, por favor. Só assim vai saber com quem está falando"

Meu maior desejo naquele momento era que ele pegasse minha mão novamente e me levasse pra onde quer que fosse, mas que estivesse comigo. Como sua presença me fazia tão bem !

- "Ok, você venceu."

Muito rapidamente, vi um sorriso ali, perdido naquele capuz branco.

De repente, tudo ficou preto. Minha cabeça girava, girava e girava. Ele sumiu ! Meu anjo sumiu ! Olhei pros lados e só o que eu vi foi a mobília do meu quarto ... até eu lembrar que tinha acabado de acordar de um sonho.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Everybody live like it's the last day you will ever see

Licença! Aqui quem fala é Fernando. Sim, O FERNANDO. Tomei lugar da Coraline para expor meu ponto de vista sobre nossa amiga. Como todos sabem, estive presente a maior parte da história inteira dando suporte, apoiando e tentando ajudar nossa querida Laura. Eu, Angelina e inclusive mais duas amigas nossas não mencionadas aqui, Gisele e Mirela, estamos com ela há tempo e já vimos de muita coisa do que ela passou. Aliás, Angelina está com ela desde muito pequenininhas, sempre foram muito coladas. Para ter uma noção, eu fui o último a entrar no grupinho de amigos, e provavelmente, o mais teimoso de todos, pois acreditei até o fim naquilo que eu tinha a certeza que a traria felicidade, mas que ela simplesmente decidiu não aceitar.
Sei de poucas coisas, mas uma que eu sei é o seguinte: nada é eterno, mas também nada acaba. Há 3 anos ou talvez mais, ouço o mesmo nome com o entusiasmo constante dela. Augusto aqui, Augusto acolá... Cheguei a uma vez brigar com ela porque ela só falava nele, e nem o havia visto! Mas via que o sentimento era verdade, e decidi apoiar. Mas acontece que esse não foi o único motivo de brigas. Aliás, outro motivo de brigas, foi justamente o contrário. Quando Vitor entrou na vida dela, ainda como amigo, não tinha boas impressões sobre o que ia acontecer. Sim, ela ainda amava Augusto, e muito. Mas deixou um momento de afastamento a desmoronar, justamente em cima de Vitor, que era quem estava por perto. Ela não aguenta distâncias, e Coraline sabe bem disso. Aliás, são melhores amigas, já que Angelina se afastou um pouco por causa de faculdade e todo o resto... Aliás, esse tem sido o principal motivo de afastamento e depressão de Laura. Ela precisa, mais que tudo, dos amigos por perto, mas eu já falei pra ela que não somos nós que estamos nos afastando dela, e sim o contrário. A sensibilidade de Laura faz sua mente transformar simples conceitos em verdades absolutas e quando ela vê, está se decepcionando com cada uma delas. Isso é triste de se ver por fora, imagine por dentro, como ela está se sentindo! Vitor e Augusto não são os únicos problemas dela, sei disso. Ela quer se dedicar à faculdade, mas tem um namorado supostamente insuportável, um trabalho supostamente chato e amigos supostamente distantes que não deixam. Ainda mais a família, que só pra quebrar a monotonia, briga com ela de vez em quando.
Mas o principal de tudo, o que venho tentando colocar na cabecinha oca de Laura este tempo todo é que temos que aproveitar as chances que a vida nos dá. Se a vida dá um limão, faça uma caipirinha! Não se pode ficar se doendo nem lamentando por aí, temos que erguer a cabeça e enfrentar o que temos agora, para não sofrer! A vida é única, temos que fazer o que for possível para ir em busca da felicidade, e tomar cuidado com as falsas felicidades, que nos rondam o tempo todo...
Agradeço todas as dicas, conselhos e palavras bondosas que Laura me deu, mas agora é ela quem está precisando de ajuda... E estaremos sempre aqui, eu, Coraline, Angelina, Gisele e Mirela, dispostos a ajudá-la e dar o nosso carinho, pois amigos são para sempre!

Ah, Coraline, me desculpe esta invasão ;)

domingo, 5 de junho de 2011

Anonymous

"Nunca senti o seu cheiro, nunca senti o seu calor, muito menos o gosto do seu beijo. Muitas pessoas desistiriam facilmente, mas eu não. Eu realmente amo você, e tenho certeza que nunca vou desistir de te tocar. A minha vida passou a ter algum significado depois que eu te conheci. O meu amor por você ultrapassa toda essa distância que nos separa. É uma tarefa difícil, tanto para mim, quanto para você. Não estar ao seu lado pra te ajudar, te ouvir, te aquecer ao frio. Mas você me faz feliz amor, mesmo sem nunca ter visto a figura suave do seu rosto, te amar é a melhor coisa do mundo ! Enfim, eu prometo que se um dia eu te encontrar, vou te mostrar que valeu a pena me esperar. Vou te mostrar que ninguém mais é capaz de te amar, te conhecer, te entender, do que eu. Você é a menina ideal pra mim, e não só agora que somos jovens, mas por toda a vida. Mesmo que não dure a vida toda, vai fazer a diferença, vou levar comigo cada momento contigo. Vou te levar comigo por onde eu for. Eu não consigo descrever o que eu sinto, não sei expressar todo esse amor que não cabe mais dentro de mim, eu preciso dividir isso contigo, o mais rápido possível ... minha princesa ! ♥ "

Era apenas um trecho de uma carta que Laura sonhou ter recebido dele. Augusto.
Tanto tempo se passara, aliás, já não sabia distinguir o tempo dos recentes acontecimentos ... tudo estava tão intrigantemente diferente.

Seus sonhos estavam pretos, vazios. Outrora eram alucinantes, semelhantes à efeitos dos LSD's usados em demasia por Jim Morrison. Mas nada, tinha certeza de que nada no mundo, seria tão delicioso do que abrir uma carta endereçada à ela, mesmo que sem remetente, mas que ao ler seu coração soubesse logo na primeira palavra escrita, de que era de Augusto aquela letra. Não sabe descrever em como reagiria, como se sentiria se um dia isso acontecesse. Mas enquanto não acontece, ela ainda sente a esperança de que, ao chegar em casa e olhar a caixa do correio, lá estará ela, selada e destinada à Laura.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Break on through

Logo numa tarde de quinta-feira, com o sol cegando seus olhos e aquecendo sua pele ela está sentada em sua cama à companhia de um computador, chocolates e Ah-Ha. Pensa sobre tudo. TUDO. É difíci assumir que existe um fim e ainda pior, que seja o seu fim. Eles assistiram ao próprio final.

Hoje ela não sbae mais o que falar sobre. As lembranças existem, claro, mas e as vivências ? Os dizeres ensaiados através de sonhos e aqueles ditos em frente ao espelho ? Algumas palavras foram ditas quando se viram, outras, ficaram presas ao roteiro escrito pelo criador do plano e seu diretor.

A palavra "acabou" ou "é o nosso final" não foi dita, mas sabiam exatamente que chegara o momento e ela aquele. Já não mantinham contato, já não se falavam, pouco (quase nunca) se viam... o jeito encontrado foi, literalmente, parar com tudo. Evitar se verem, se falarem, ligarem ou qualquer outro tipo de meio de comunicação. Não tinha como prosseguir algo que já havia sido esquecido, então o correto era manter a ideia e fazer o que seria melhor. Mas nessas horas nem sempre o melhor é o certo, ou vice-versa. Nunca sabem o que fazer depois que tomam uma decisão e é sempre "aquela decisão" que, digamos, estraga o relacionamento ou o pouco que dele sobrou.
O que aconteceu antes fora quebrado.