domingo, 5 de dezembro de 2010

Time is running out



Manhã de quinta-feira. Acordou. Tomou um banho e um exagerado café da manhã. Ele estava na mesma cidade que ela e aproveitaram de se encontrar. Mal esperava a noite chegar. Sua prima, que há muito não via, estava lá. Se conheceram fazia pouco tempo mas já se tornaram amigas num piscar de olhos.
Laura contou a ela tudo o que sentia e queria fazer já que estava naquela cidade, sua prima a ajudou. A noite, saíram e marcaram de se encontrar na casa do seu tio logo que voltassem. Foram tomar sorvete, a noite estava quente, uma típica noite de verão seguida por aquele cheirinho de chuva e um vento leve. O tempo não passava até que chegaram na sorveteria. Depois, uma hora parecia segundos e seu coração não mais parava de palpitar, estava quase saind opela garganta, nem o sorvete conseguiu tomar de tanta ansiedade e medo. "Será que ele vai gostar de mim ?" "Estou feia ?" Não Laura, se acalme, não pense em coisas ruins, positive o pensamento, tome mais um sorvete ou uma água, respire fundo e feche os olhos. Fechou-os. Não conseguia focar um pensamento, sua mente estava cansada e demasiadamente cheia para se acalmar, acabou ficando mais nervosa que de costume. No relógio, 22h. "Gisele, vamos embora ? Tá ficando frio." No caminho, suas mãos tremiam, era hoje - pensava. HOJE.
Seu celular tocou e a assustou. Era uma mensagem dele dizendo "cheguei, estou te esperando". Coração, mente e mãos tremiam mais que britadeira. "Não, hoje não, estou muito nervosa, não vou conseguir" disse à Gisele. Mal viraram a rua, avistaram uma figura, um contorno humano alto ... ele. Ele avistou o carro pois levantou e foi abrir o portão. Num lapso de desespero e medo, Laura se abaixou e escondeu-se no carro aproveitando a luz da noite até recuperar seu fôlego. Nunca vira pessoa com semblante tão sereno e bonito como o dele. Aquilo era demais pra ela mas teve que sair do carro, viajara horas num ônibus para finalmente poder conhecê-lo e agora recuaria ? Não, agiria conforme seu coração mandava: descer do carro, fugir da garoa e cumprimentá-lo. Baixou a cabeça, mas disse algo a sua prima como "aaaah chuva!" e o viu sorrir. Aproximou-se aos poucos e agora levantou a cabeça, deixando seu rosto corado e quente e foi logo cumprimentá-lo. Abraço. Um breve-longo abraço quente e misto de sensações. Aquilo era demais. Apenas Queen a deixava assim e agora ele a deixara. Ficaram jogando enquanto passava o tempo e ela arrumava um jeito de olhar para ele discreta ou disfarçadamente. A noite foi passando, e já era quase 2h da manhã quando sua prima disse que ia dormir e que podiam ficar lá o tempo que quisessem. Conversaram um pouco, pois o tempo fora tomado por aquele abraço que haviam prometido. O tempo parou. Laura não tinha mais noção de nada a sua volta, apenas de como a sensação de estar envolta naquele abraço estava causando. Tudo que é bom dura pouco, e logo ele foi embora. Mas aquele dia vai ficar na lembrança de cada um que sentiu aquela energia.

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