quarta-feira, 9 de março de 2011

You're the one thing I've got right ...



the only one I let inside now I can breathe 'cause you're here with me

E se eu te decepcionar, eu voltaria tudo porque eu nunca deixarei você ir. Eu serei tudo que você quer, e me recompor porque você não me deixa cair aos pedaços. Toda a minha vida, eu estarei com você para sempre, para te levar durante os dias e fazer tudo ficar bem.

Acabei lendo isso num caderno antigo de Laura quando fui na casa dela uma vez. Com uma caligrafia pesada e inclinada levemente à direita, escrita com uma caneta azul ponta 0.4, ela escrevia numa folha pautada esses dizeres destinados àquele que mesmo sem conhecer, se tornara alguém que vivia dentro de seu coração. Gostava de balbuciar seu nome quando se sentia sozinha, era normal vê-la fazendo isso. Laura sentia necessidade de ser intensa, de receber sentimentos intensos. Gostava de arrepiar-se ao sentir uma pessoa. Era só assim que ela conseguia distinguir um complexo "amar" de "gostar". Podem pensar loucuras dela, mas ela se deixava levar pelos seus pensamentos, tinha uma imaginação digna de um Antoine de Saint-Exupéry. Escrevia, escrevia, escrevia. Passava dias escrevendo inúmeras cartas àquele que quando visse, não lembraria de uma palavra sequer. Seu cérebro deveria ter recorrido à um psicólogo ou neurologista, pois nunca viveu de tantas sinapses seguidas como naqueles momentos. Era mágico ... mas doloroso. Viveria de utopias, até que um dia todas elas se realizassem e se transformassem em um vida a qual ela poderia chamar de "nossa".

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